O prefeito Rodrigo Hagge (MDB) participou na manhã desta quinta-feira (30) do Jornal da Manhã, boletim diário da TV Bahia. O prefeito tentou amenizar a repercussão negativa do caso do velório de um senhor de 74 anos, morto decorrente do novo Coronavírus em Itapetinga, Sudoeste da Bahia.
O idoso teve seu corpo velado em um caixão aberto, fato que preocupou toda sociedade, pois contrariou as recomendações dos órgãos de saúde e a determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Como a pandemia mudou a rotina dos velórios e sepultamentos, os familiares e pessoas próximas do falecido as vezes perdem a noção de como se proceder nesses ambientes, aí é que entra o trabalho da Vigilância Epidemiológica. Neste caso específico do senhor que foi velado com o caixão aberto, o prefeito reconheceu que houve apenas uma orientação previamente por parte da Secretaria de Saúde, quando na verdade deveria acontecer um acompanhamento presencial, levando em consideração que o idoso estava sendo monitorado pela Secretaria de Saúde ainda em vida desde a saída da unidade hospitalar do Sul do Estado.
“Nós orientamos, eles removeram o corpo, como eles já haviam feito em um outro sepultamento também de caso de coronavírus, a vigilância não acompanhou o velório até o sepultamento dessa pessoa, então nós orientamos, eles levaram o corpo com caixão lacrado para um cemitério particular, e lá sim, foi feita a abertura dessa urna”, disse o gestor. Confira o áudio:
Com essa fala, o prefeito praticamente se exime dos fatos e a responsabilidade passa ser da família e a empresa funerária que executou o velório e sepultamento.
Consultado pelo site CORREIO DA BAHIA, o secretário de saúde Hugo Cunha, também seguiu a mesma linha do prefeito. “O cemitério onde o corpo foi velado é particular e as precauções necessárias deveriam ter sido tomadas pela própria funerária que realizou o velório. Como o cemitério é particular, e não municipal, nós só ficamos sabendo na hora que o velório estava acontecendo com o caixão aberto e notificamos a funerária”, afirmou Hugo Cunha.
Em tempos de pandemia, a única a ação da prefeitura de acordo o prefeito neste caso foi apenas orientar previamente os familiares.
Por Wagner Ribeiro