A nossa reportagem flagrou na manhã desta segunda-feira (21), uma cena que há tempo não se via nas ruas de Itapetinga-Sudoeste da Bahia. Funcionários da prefeitura com mascaras e bombas de aplicar veneno, fazendo CAPINA QUÍMICA.
De acordo a ANVISA, órgão que regulamenta esses produtos, essa prática é proibida pois ficou evidenciado que essa ação não garante condições ideais de segurança para uso de agrotóxicos em ambiente urbano. Segundo a Agência Internacional de Pesquisa Sobre o Câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o glifosato, o agrotóxico mais vendido no Brasil, como provável agente cancerígeno.
Em áreas urbanas os moradores, animais e transeuntes poderão ter contato com o agrotóxico. Em qualquer área tratada com produto agrotóxico é necessária a observação de um período de reentrada mínimo de 24 horas, ou seja, após a aplicação do produto, a área deve ser isolada e sinalizada.
Em relação à proteção da fauna e flora domésticas ou nativas, é importante lembrar que cães, gatos, cachorros, cavalos, pássaros e outros animais podem ser intoxicados tanto pela ingestão de água contaminada como pelo consumo de capim, sementes e alimentos espalhados nas ruas.
Aqui em Itapetinga o uso está sendo utilizado indiscriminadamente em vários pontos da cidade e ameaça a saúde das pessoas e do meio ambiente, inclusive no momento que estávamos editando essa matéria, chegou a nossa redação a imagem de um cachorro agonizando na porta de uma loja, no centro da cidade. A pessoa que enviou a foto disse que o animal estava com um comportamento estranho. Não podemos afirmar se ele ingeriu alguma substância, apenas suposições, já que o agrotóxico usado na “capina química” é nocivo aos animais domésticos.
Com a palavra o MP (Ministério Público), ou a secretaria de Meio Ambiente do município.
Por Wagner Ribeiro