A nossa reportagem recebeu nesta terça-feira (12) uma denúncia considerada grave, dadas as devidas circunstâncias em que se refere a saúde e bem-estar dos alunos da rede pública municipal de ensino.
Conforme relato da mãe de um aluno que recebeu o kit alimentação da prefeitura, mostra que pelo menos um produto veio com a validade vencida. Especificamente a PROTEÍNA CARNE DE SOJA. Veja na imagem:
Como podemos verificar, o produto foi comprado pela prefeitura e faz parte do kit alimentação que foi doado pela Secretaria de Educação aos alunos das escolas municipais e creches da rede. Os alimentos foram doados aos pais e responsáveis na última segunda-feira (04) e está com a dada de validade vencida desde o dia 2 de fevereiro de 2020, ou seja, há dois meses, bem antes de começar a pandemia no país.
*Data de fabricação 07/02/19
*Validade 02/02/20- doados em 04/05/2020
A mãe do aluno disse que tem dois filhos em uma escola do bairro São Francisco de Assis e por isso recebeu dois kits, porém quando pegou o alimento (carne de soja) para preparar a pedido dos filhos, verificou que um dos pacotes estava com a validade vencida.
O que era para ser uma ação positiva em benefício dos alunos e da população Itapetinguense que sofre bastante nesse momento de crise causada por conta da pandemia da Covid 19, virou na verdade uma grande decepção para as crianças, e um mal-estar para Prefeitura do município. Ela reclamou que além do kit alimentação conter poucos itens, ainda veio com alimento vencido.
“A Secretaria de Educação não teve a preocupação e nem a decência de reparar a validade dos alimentos que foram doados”, disse a mãe dos alunos.
O espaço está aberto tanto para a prefeitura explicar sobre os produtos alimentícios vencidos, bem como a Secretaria de Educação também por ter doado alimentos sem antes verificar a data de vencimento.
A nossa reportagem entrou em contato com o Secretário de Educação Geraldo Trindade para falar sobre o assunto.
No primeiro momento o secretário tentou colocar que a denúncia seria improcedente, e que a compra de 50 toneladas foram de produtos novos com prazos longos para vencer, e as dez toneladas que estavam em depósito foram rigorosamente analisados pelo setor da merenda.
“Cabe ao denunciante comprovar com fotos e testemunhas,” disse o secretário. A MÃE COMPROU COM FOTOS ENVIADAS A REDAÇÃO DO BLOG.
Porém quando colocamos para Geraldo as fotos do produto com validade vencida há muito tempo, o mesmo mudou sua fala inicial e emitiu uma nota. Leia na íntegra:
“A proteína de soja não fez parte da compra de 50 toneladas e sim do estoque de 10 toneladas de alimentos diversos que foram recolhidos, com acompanhamento do Conselho da Merenda de todas as unidades escolares.
Portanto a Proteína de Soja fez parte do item variável dos kits, justamente dos estoques das escolas (óleo, proteina, leite em pó, farinha, café, etc)
Fizemos um acompanhamento rigoroso de todas as validades dos itens que estavam em estoque, justamente para não entregar algum produto que estivesse vencido.
Veja a seguir a planilha do item Proteina de Soja, com os quantitativos que foram recolhidos por escola e prazos de validade. Esse levantamento foi feito pelas próprias escolas com acompanhamento das nutricionistas do Setor da Merenda Escolar. Veja que recolhemos 361 kg de Proteina de Soja, em 30 unidades, com prazos de validades de junho de 2020 até maio de 2021.”
Por Wagner Ribeiro
