PF PODE ABRIR NOVA INVESTIGAÇÃO SOBRE LARANJAL DO PSL

A Polícia Federal (PF) quer a abertura de uma nova a investigação sobre o caso das candidatas laranjas do PSL em Minas Gerais, informa nesta segunda-feira (7) o jornal Folha de S. Paulo. A nova investigação da PF, caso aberta, terá como alvo principal o ministro do Turismo do presidente Jair Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio. Ele é suspeito de ter movimentado recursos na eleição do ano passado sem o conhecimento da Justiça Eleitoral.

Reportagem publicada neste domingo (6) pela Folha, mostrou que um depoimento e uma planilha apreendida na apuração do caso sugere que dinheiro do esquema das laranjas do PSL foi desviado para abastecer, por meio de caixa dois, as campanhas de Bolsonaro e de Álvaro Antônio, que era coordenador da candidatura presidencial em Minas e candidato à Câmara dos Deputados.

Ainda de acordo com a reportagem, Haissander Souza de Paula, assessor parlamentar de Álvaro Antônio à época e coordenador de sua campanha a deputado federal no Vale do Rio Doce (MG), disse em seu depoimento à PF que “acha que parte dos valores depositados para as campanhas femininas, na verdade, foi usada para pagar material de campanha de Marcelo Álvaro Antônio e de Jair Bolsonaro”.

O ministro do Turismo foi indiciado e denunciado na semana passada, ao lado de outras dez pessoas, sob acusação de ter praticado os crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa.

Neste domingo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro usou as redes sociais para defender seu chefe, o presidente Bolsonaro, das acusações.

“PR @jairbolsonaro fez a campanha presidencial mais barata da história. Manchete da Folha de São Paulo de hoje não reflete a realidade. Nem o delegado, nem o Ministério Público, que atuam com independência, viram algo contra o PR neste inquérito de Minas. Estes são os fatos”, escreveu Moro no Twitter.

A postagem de Moro na rede social indica que ele possui informações sigilosas da investigação conduzida pela PF e pelo Ministério Público em Minas, o que pode ser caracterizado como crime de violação de sigilo.

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