MORTE DA RECÉM-NASCIDA NA FUNDAÇÃO JOSÉ SILVEIRA: “NINGUÉM HAVIA DITO PRA GENTE QUE NÃO TINHA MATERIAL CIRÚRGICO”, RELATA PAI DA CRIANÇA

Em contato com a reportagem do ‘Cidade Acontece’, o senhor Romário Oliveira Palma, pai da recém-nascida, que morreu na Fundação José Silveira em Itapetinga na última terça-feira, nos relatou em uma longa entrevista o sofrimento e constrangimento que sua esposa, Daniele Alves dos Santos, sofreu e vem sofrendo na Fundação.

Com péssimo atendimento que a Fundação vem realizando em Itapetinga, até mesmo o prefeito Rodrigo Hagge disse em um áudio que circula nas redes sociais, de que, se a Fundação José Silveira não tem condição de manter um atendimento digno ao povo, que deixe a gestão do hospital Cristo Redentor”. Já não estaria na hora da Fundação ir embora de Itapetinga???

Romário conta que sua esposa com dores, perdendo líquido, foi à Fundação várias vezes, mas pediram para ela retornar para casa, pois não tinha anestesia. “Até então ninguém havia dito pra gente que não tinha material cirúrgico, simplesmente falou que não tinha anestesista“, disse.

Em outro trecho da entrevista o pai da criança nos relata: “não existia no hospital material cirúrgico esterilizado, segundo a Fundação, a autoclave – equipamento usado para esterilização do esquipamento estava quebrada e não tinha equipamento cirúrgico”. De acordo Romário, o material veio emprestado do hospital da cidade de Macarani, o que atrasou bastante o parto da sua esposa.

“Minha filha nasceu em sofrimento fetal, ela já tinha feito cocô na barriga, ela já estava amarelada, meio roxa. Ela ingeriu muito cocô, muito líquido do útero, ingeriu o próprio xixi, nasceu com o pulmão bem cansado”, conta Romário ao blog. A recém-nascida faleceu na manhã da última terça-feira, às 06:45h. “Minha filha morreu por que ela tinha passado do prazo de nascer”, conclui.

sofrimento fetal é caracterizado pela falta de oxigênio para o feto. Se ocorrer de forma abrupta, ele é considerado agudo – os motivos vão desde dificuldade da passagem do sangue da placenta para o bebê até sangramento materno ou alterações no cordão umbilical.

Neste domingo (12), a mãe da criança se encontra na Fundação José Silveira por conta de problemas com os pontos da cesariana, além disso, continua enfrentando problemas com o péssimo atendimento da instituição.

Romário, pai da criança, disse que irá entrar com um processo contra a Fundação José Silveira. A gente vai entrar com processo, sim, estamos aguardando a Fundação anexar o relatório de Dr. Aylan ao prontuário médico, a fundação se negou a anexar. Vamos tomar todas as medidas legais”, disse.

Por Roberto Alves

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