ITAPETINGA: DEPOIS DE 10 HORAS DE JÚRI, CONSELHO DE SENTENÇA ABSOLVE O RÉU LUCAS JOSÉ LACERDA DE SANTANA

O Júri Popular do caso Léo Gordo (Leandro Ferreira Barros), assassinado em 25 de julho de 2011, com dois disparos de arma de fogo, com 10 horas de duração, teve início às 09:15h da manhã e a prolação de sentença saiu às 19:40hs.

O plenário estava lotado, teve gente que ficou em pé, inclusive os membros da imprensa local (Sizinio Neto do Itapetinga na Mídia, Eudo Mendes do Itapetinga Repórter TV, Roberto Alves (Rádio Jornal – Programa A Hora da Verdade), Nivaldo Viana e Valdomiro Mota (Rádio Fascinação), Gazinho do G4TV, Tiago Bottino (Itapetinga Agora), Tito Rocha, entre outros. 

Plenário lotado…

Familiares e amigos da vítima usavam camisetas com dizeres pedindo justiça e a foto estampada de Leandro Barros. Familiares e amigos do réu, estudantes de direito, alunos dos colégios particulares (São José e Savina Petrilli), alunos da rede pública, pessoas da comunidade, algumas autoridades, a exemplo do presidente da OAB Subseção de Itapetinga, Dr. Fabrício Moreira, o defensor público Dr. Afonso Neto, a Polícia Militar, vários advogados, servidores públicos em geral, enfim, o salão do tribunal do júri estava cheio.

Na área de estacionamento externo do fórum haviam duas faixas afixadas pelos familiares da vítima, clamando por justiça com a foto de Léo estampada em uma das extremidades. Leia mais… 

A Sessão do Tribunal do Júri começou ouvindo as testemunhas arroladas pelo Ministério Público e pela Defesa. A oitiva das mesmas terminou às 12:30h. Depois de uma hora de descanso para o almoço, os trabalhos recomeçaram com os debates do Ministério Público e da Defesa.

O Júri…

A Sessão foi presidida pelo juiz Dr. Egildo Lima Lopes. O Ministério Público foi representado pelos promotores de justiça Dra. Solange Anatólio e Dr. Antonio José Gomes Francisco Júnior. A Defesa foi do renomado advogado criminal Dr. Wanderson Rocha Leite (com mais de 14 anos de experiência, o qual é professor de direito). O Conselho de Sentença foi composto de cinco mulheres e dois homens.

A tese do Ministério Público foi de Homicídio Qualificado. Já a Defesa trabalhou duas teses, a primária, de “Legítima Defesa”  e a secundária, de Homicídio Privilegiado (por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço).

O Debate…

O processo em questão com mais de 900 páginas foi debatido entre o Ministério Público e Defesa, sendo que  o promotor de justiça Dr. Antonio José fez uso do tempo de uma hora e meia, sustentando a tese Homicídio Qualificado.

O advogado de defesa Dr. Wanderson Rocha de igual modo usou do mesmo tempo para defender sua tese com muita propriedade, pois já acompanha o réu nesse processo há mais de seis anos. O defensor se atentou apenas para as provas do autos e trabalhou a Legítima Defesa com brilhante atuação.

Após a defesa fazer uso da palavra, não houve réplica do Ministério Público e nem tréplica. Imediatamente o juiz presidente fez a leitura dos quisitos de votação para os jurados (Conselho de Sentença) e se reuniu na sala secreta para votação…

Prolação da Sentença…

Por 4 votos favoráveis o Conselho de Sentença reconheceu a autoria do crime, por 4 votos reconheceu a materialidade do crime, não aceitaram a qualificadora e por 4 votos favoráveis optou pela absolvição do réu, acatando assim a tese da Defesa (Legítima Defesa)…

Com a prolação da sentença pelo juiz presidente, o réu foi absolvido. O resultado deixou a família da vítima abalada, inclusive alguns membros se sentiram mal ainda no salão do júri e foram amparados por amigos e familiares.

Por outro lado, estavam familiares e amigos do réu que comemoram o resultado com muita alegria, pois o réu deixou o plenário e foi direto para sua residência na companhia da família, amigos e do advogado de defesa.

Fonte/Itapetinga na Mídia

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