A DECADÊNCIA DO PARLAMENTO E A URGÊNCIA DE UMA VIGILÂNCIA POPULAR.

A recente sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, marcada pelo arquivamento do processo contra o deputado André Janones (Avante-MG) por 12 votos a 5, expôs, mais uma vez, a degradação do decoro parlamentar e a falta de respeito com que alguns de nossos representantes têm tratado a Casa de Leis e, consequentemente, a população brasileira. As cenas de bate-boca, confusão e até ameaças físicas entre os deputados, tanto dentro quanto fora do plenário, são reflexos de um comportamento que desmoraliza o parlamento e compromete a confiança dos cidadãos em seus legisladores. Leia mais…

O Conselho de Ética, ao invés de ser um bastião de integridade e seriedade, se transformou em palco de disputas pessoais e partidárias, onde os interesses coletivos parecem ser deixados de lado. A sessão em questão, repleta de tumultos e trocas de ofensas, não é um fato isolado, mas parte de um padrão preocupante que se repete com frequência alarmante.

O que deveria ser um espaço para discussões sérias e decisões que impactam a vida de milhões de brasileiros, tem se tornado cenário de comportamentos lamentáveis. Na Câmara de Vereadores de Itapetinga, a situação não é diferente. Tristemente, também já houve casos de ataques, preconceitos contra mulheres, além de baixarias dentro e fora do plenário. Esses episódios enfraquecem a imagem das instituições legislativas e afastam a população da política, perpetuando um ciclo de descrédito e apatia cívica.

É imprescindível que os parlamentares recordem seu verdadeiro papel: defender os interesses do povo. A confiança depositada pelos eleitores deve ser honrada com posturas dignas e comprometimento ético. As atitudes vergonhosas e os ataques pessoais desmoralizam o parlamento e desviam a atenção dos verdadeiros problemas que precisam ser debatidos e solucionados.

Diante desse cenário, é fundamental que o povo observe e vigie o dia a dia de seus representantes. A sociedade deve cobrar posturas éticas e responsáveis, lembrando aos parlamentares que eles são servidores públicos, eleitos para trabalhar em prol do bem comum. A pressão popular é um instrumento poderoso para assegurar que o parlamento se mantenha fiel aos seus princípios e à sua missão.

A democracia se fortalece com a participação ativa e vigilante dos cidadãos. Portanto, é preciso que cada eleitor acompanhe de perto as ações de seus representantes, denuncie abusos e exija comportamentos à altura do cargo que ocupam. Só assim poderemos resgatar a dignidade de nossas casas legislativas e garantir que elas cumpram seu verdadeiro propósito: servir ao povo com integridade e dedicação.
Pense bem antes de eleger seu próximo vereador.

Editorial/ Marco Correia-Advogado e graduado em ciência política

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